Laura Nense Farias Sant’Anna foi registrada pelo pai, Wagner, dois dias depois de nascer; a mãe, Jamylle, não sabia de nada, mas levou a surpresa numa boa
Ela ainda não sabe, mas há uma nova torcedora do Fluminense em Porto Alegre. Laura Nense Farias Sant’Anna nasceu na sexta-feira e foi registrada pelo pai e a avó na última segunda. O amor que Wagner Sant’Anna passou para a filha está escrito e comprovado em cartório. Mas ele só avisou à esposa e mãe da pequena, Jamylle, ao chegar com a certidão de nascimento.
Apesar do susto, Jamylle diz ter levado numa boa. Por mais que originalmente seja vascaína, a dentista paraibana de 25 anos passou a torcer para o Fluminense por causa do marido. Apaixonado pelo Fluminense, Wagner passou a dizer depois da semifinal contra o Inter, no Beira-Rio, que colocaria o nome da filha de “Nense” ou de algum jogador, mas essa segunda opção seria mais arriscada para o tricolor.
– Eu sempre brincava que depois de determinado gol seria Laura Kennedy, Laura Germán… Só que fica complicado você colocar o sobrenome de outra pessoa que pode ir para outro clube. Imagina… Mas Nense estava na minha cabeça e eu sabia que não erraria nunca. Eu botei na minha cabeça e disse que iria colocar – diz Wagner, o pai, enquanto a mãe, Jamylle, completa.
– Não teve uma conversa em que sentamos e conversamos algo direcionado a isso. Não existiu. Ele ficava conversando, brincando, soltava alguma coisa… E eu levava na brincadeira. Até chegar nesse momento. Não teve uma hora que ele chegou, sentou e falou o que queria. Foi no susto (risos). Ele só decidiu.
Wagner, Jamylle e Laura realizaram uma chamada de vídeo com o ge, já que moram em Porto Alegre, com todos trajados com roupas tricolores. Os pais da pequena – que esteve em silêncio durante a conversa, exceto na hora em que falaram o nome dela juntos – se conheceram em Duque de Caxias, onde Wagner morava e era vizinho da irmã de Jamylle. Foi por intermédio dela que se conheceram. Se no primeiro momento ela não deu muito papo, depois passaram a conversar, namoraram a distância, até que finalmente foram morar juntos na capital gaúcha após ela se formar.
Tricolor por tabela, Jamylle hoje considera que sabe mais do Fluminense do que do Vasco. Além de ficar preocupada com as vezes em que Wagner vai aos estádios (ele esteve presente no segundo jogo da semifinal e na decisão da Conmebol Libertadores), ela acaba ouvindo as coisas sobre o clube do coração do marido.
– Não tive escolha, porque é o dia inteiro ouvindo o Fluminense. Não é exagero, é real. Então acaba que você consome aquilo também. Não perde uma notícia, vídeo, nada… E é o dia inteiro. Quando não está vendo ou ouvindo algo sobre o Fluminense, ele está contando sobre. Aí você vai se envolvendo.
Wagner garante que não há a menor possibilidade de Laura torcer para outro time que não seja o Fluminense. Por mais que não more mais no Rio, o pai garante que vai levar a nova torcedora a todos os jogos possíveis do clube. Mas tem uma coisa que não dá para prometer e que Jamylle duvida: silêncio se Laura estiver dormindo durante uma eventual final de campeonato.
– Eu já fui notificado pelo condomínio naquele 4 a 1 (final do Campeonato Carioca de 2023). O apartamento que eu moro é alugado pela empresa e fui notificado porque gritei muito, palavras de baixo calão, mas não tinha como. Se for 1 a 0 eu tento manter o silêncio e a ordem. A paternidade vai me ajudar nisso (brinca).